segunda-feira, 26 de junho de 2017

PREVALECENDO O "ACORDADO SOBRE O LEGISLADO", PARA QUE MANTER O LEGISLATIVO?

Publicado por CLUBE SOS As segunda-feira, 26 de junho de 2017  |  Sem Comentarios


Texto publicada em 01.05.17


Qual o papel do legislativo no sistema representativo em um Estado Democrático de Direito?
Fazer as Leis, fiscalizar o Executivo e representar o povo; todos diriam... Porque as Leis definem, permitem, toleram, obrigam, proíbem e protegem o cidadão e a sociedade (os representados), ou viabilizam as punições em casos de transgressões. Daí a importância capital daqueles que fazem as leis e agem em nome do povo.

Mas o que dizer daqueles que investidos de autoridade para fazê-las abdicam dessa tarefa?! Talvez porque ignorem o grande poder que detêm. Talvez porque o desprezem por ambições maiores e não muito legítimas. Quem sabe?...
E quando se instala a confusão geral, quem poderá liderar e proteger o povo abandonado? Se quem tem de elaborar as leis renunciar esta atribuição ou a delegar a outros atores?

E se o cenário for ainda pior, e aqueles que tiverem de julgar sua aplicação, com total imparcialidade, colocar-se como principal acusador, mirando exclusivamente em pessoas e grupos escolhidos a dedo?...  E aqueles que tiverem que executá-las com vista à finalidade pública e o interesse comum, não conseguirem disfarçar sua preferência por pessoas ou por determinados grupos, e agirem ao arrepio das leis e princípios que juraram observar?...
E ainda, para piorar, se quem tiver atribuição - constitucional - de fiscalizar a observância das leis e exercer, com exclusividade, a persecução penal, proteger seus infratores? Utilizando-se deste poder para perseguir, apenas, seus oponentes ideológicos ou político-partidários? Fechando, deliberadamente, os olhos à realidade que o rodeia?...  Tudo isso manipulado por uma imprensa totalmente descontrolada e desvirtuada de sua finalidade de bem informar a população. Por tudo isso que foi dito e pelo que não precisa ser dito, já salta aos olhos da população em geral, a insensatez da atual realidade política, econômica, social e jurisdicional do país.

Se passar esta reforma trabalhista nos moldes que está sendo proposta e, especificamente, na supremacia do acordado sobre o legislado – significando priorizar os acordos e negociações coletivas entre empresas e sindicatos, ao invés de observarem-se as normas da CLT - a mudança dará força de lei aos acordos costurados entre sindicatos, sem garantir a criação de novos empregos ou a consolidação dos direitos dos empregados, como prega o governo.  Mas com certeza elevará a segurança jurídica dos empregadores e seu poder de imposição nas negociações que vierem a travar com seus futuros empregados.
Fica aqui uma reflexão: Se começamos a priorizar os acordos e os entendimentos entre grupos, e lhes atribuímos força de lei, poderemos, num futuro próximo, chegar a conclusão que os órgãos legislativos são dispensáveis, já que as negociações diretas entre patrões e empregados poderão chegar aos mesmos resultados, que os produzidos pelos legisladores, mas com menor gasto para a sociedade.

Ao olharmos o orçamento da União para 2017 percebe-se os valores de R$ 5.923.774.223,00 destinados a Câmara dos Deputados,  R$ 4.247.926.057,00 para financiar gastos do Senado e R$ 2.096.969.013,00 destinados aos gastos do TCU. Valores que poderiam ser economizados.
Como sou contrário à concentração de poder e favorável à fiscalização efetiva daqueles que o titularizam, sugiro que juntamente com esta proposta de Reforma Trabalhista, encaminhe-se outra PEC para reformar os Legislativos Federal, Estadual, Distrital e Municipal, visando a fixação da Regra do 1/3. De modo que aprovada esta PEC, vigore, já para a próxima eleição de 2018, o novo quantitativo de 1/3 dos atuais membros de cada casa com a fixação, também, em 1/3 dos gastos atuais. De modo que tenhamos a nível federal ao invés de 513 deputados, apenas 172 e ao invés de 81 senadores, apenas 27. De imediato os gastos cairiam dos atuais R$ 12.268.669.293,00 para R$ 4.089.556.431,00 e seria mais eficiente e seguro controlar o desempenho de 199 parlamentares do que os atuais 594.

E se tudo der certo com a supremacia do "acordado sobre o legislado", até a eleição seguinte, mandamos os legisladores para casa e a sociedade economiza mais esse trocado.
Será que os congressistas apoiariam essa ideia???

VIVA AS REFORMAS!!!
AUTOR: EDMILSON DE SOUZA BLOHEM

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